Pra você que ainda defende a ditadura militar, parte 1: membros do regime militar

Ouço sempre falar que na época do regime militar imperava a "ordem", a "ética", "moralidade", já que ele ocorreu pra acabar com a "bagunça" pré-1964, ou seja: a luta da sociedade brasileira organizada pelas reformas de base (fiscal, educacional, urbana, agrária, dentre outras). O negócio é que algumas figuras, que por si só dispensam comentários, entraram no meio político através da ditadura militar. Já outras, fortaleceram seu poder ao apoiar o regime instituído em 1964.
Vou postar abaixo algumas delas. Por favor, não fiquem zangados...

1 - Paulo Maluf
Começou a vida pública ao ser indicado presidente da Caixa Econômica Federal entre 1967 e 1969, durante o governo Costa e Silva. Foi prefeito nomeado de São Paulo (1969-1971) e governador de São Paulo (1979-1982) eleito indiretamente, pela ARENA. Atualmente, é deputado federal pelo PP paulista. O restante do currículo de Maluf você pode ver aqui.

2 - Delfim Netto
Um dos signatários do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), marco inicial de um dos piores períodos da história nacional, Delfim Netto foi ministro da Fazenda durante 7 anos (1967-1974), e no governo João Figueiredo (1979-1985), foi ministro do Planejamento e da Agricultura. Delfim Netto exerceu também cargos em governos estaduais e foi deputado federal por São Paulo por vários mandatos. Foi um dos responsáveis pelo chamado "milagre econômico brasileiro", responsável pela inflação galopante dos anos 80 e 90, além do arrocho salarial e forte recessão econômica.

3 - Mário Henrique Simonsen
Ministro da Fazenda no governo Geisel (1974-1979) e do Planejamento no governo Figueiredo. Foi anteriormente presidente do Banco Central no governo Castelo Branco (1964-1967). Foi um dos sócios do Banco Bozano-Simonsen, vendido ao Santander na década de 90. Foi também presidente do fracassado MOBRAL.

4 - Roberto Campos
Foi ministro da Fazenda em 1964, e do Planejamento entre 1964 e 1967. Foi um dos responsáveis pelo corte de gastos públicos, e ferrenho defensor das privatizações ocorridas durante os governos Collor (1990-1992) e FHC (1995-2002). Fundou o Banco União Comercial, que faliu em 1974, tendo os seus prejuízos assumidos pelo governo da época.

5 - Antonio Carlos Magalhães, ACM
"Toninho Malvadeza" já era deputado federal pela UDN quando o golpe ocorreu. Foi prefeito indicado de Salvador (1967-1970) e governador da Bahia entre 1971 e 1975, 1978 e 1982 e 1991 e 1994, sendo eleito indiretamente nas duas primeiras eleições pela legenda da ARENA. Foi ainda ministro das Comunicações durante o governo Sarney (1985-1990), período em que foi acusado de distribuir concessões de rádio e tv para aliados, inclusive para si. Protagonizou o escândalo da violação do painel do Senado, em 2001, quando renunciou ao cargo para escapar da cassação.

6 - José Sarney
O ex-presidente, assim como ACM, também era deputado federal pela UDN em 1964, eleito pelo Maranhão. Foi eleito diretamente governador do estado em 1965. Foi presidente da ARENA e de seu sucessor, o PDS, partidos de apoio ao regime militar. Foi eleito vice-presidente de forma indireta na chapa de Tancredo Neves, em 1985, sento empossado após a morte do mesmo. É dono de várias concessões de rádio e tv em seu estado. É acusado de se utilizar de truculência contra adversários políticos, além de forte abuso de poder econômico. Outra acusação é de que enriqueceu ilegalmente enquanto governante do Maranhão, estado mais pobre do país. Atualmente, exerce o mandato de senador pelo PMDB do Amapá.

7 - Marco Maciel
Oriundo do movimento estudantil de direita, foi eleito presidente da União Metropolitana de Estudantes de Pernambuco com apoio do IPES, organização que recebia recursos da CIA para agitação política. Foi eleito deputado estadual pela ARENA em 1966, e governador do estado entre 1979 e 1982. Foi também presidente da Câmara dos Deputados (1977-1979). Foi eleito vice-presidente da república em 1994, pelo PFL, na chapa de Fernando Henrique Cardoso, quando o processo de privatizações do governo Collor teve prosseguimento. Foi também ministro do governo Sarney, e senador por Pernambuco.

Comentários

Yco disse…
Esqueceu de falar que o Sarney e o Maciel estão na academia brasileira de letras, estrahamente!
Maria Diana disse…
CARACAAA!!!!
O LIXO-ATÔMICO É PUEIRA, EM VISTA DESSES RATOS!!!😲😲😲😲😲😲